PF apreende 77 kg de ouro transportados em aeronave privada no Estado de São Paulo

A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira (4), 77 quilos de ouro, em barras, transportado por seis brasileiros. Policiais federais, após monitoramento da aterrissagem de avião turboélice particular, no Aeroporto Estadual de Sorocaba (SP) - Bertram Luiz Leupolz. Com apoio da Polícia Militar Rodoviária, abordaram dois veículos, no km 74, da rodovia Castelo Branco, sentido capital.

Dentro dos veículos foram encontradas três malas contendo barras de ouro, cujo peso total aproximado somou 77 quilos. Foi encontrada também uma quarta mala com documentos diversos. Esta também foi apreendida.

Seis suspeitos foram conduzidos à Delegacia da PF em Sorocaba (SP), onde foi instaurado inquérito policial para apurar a possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa.

Segundo os documentos apreendidos, e que serão posteriormente analisados, o ouro seria oriundo do Mato Grosso e Pará. O metal foi encaminhado para realização de perícia em laboratório específico da PF. Por tratar-se de ouro, o valor da apreensão soma cerca de R$ 23 milhões.

O avião também foi apreendido. Ele é objeto de sequestro criminal em outro inquérito policial. As circunstâncias da utilização proibida da aeronave serão apuradas.

O Jornal da Nova apurou que, das seis pessoas que faziam o transporte, quatro delas são policiais militares, um deles da reserva.

Dois dos policiais são da Casa Militar, órgão do gabinete do governador de São Paulo responsável pela segurança do Palácio dos Bandeirantes, entre outras atribuições.

Em nota, a Casa Militar, que afastou os policiais assim que soube do caso. Tanto a Casa Militar quanto a Secretaria de Segurança Pública informaram que um dos policiais envolvidos na ocorrência está afastado do trabalho desde o final do ano passado e que o caso foi encaminhado para apuração da Corregedoria da Polícia Militar.

Um tenente-coronel afirmou em nota que o ouro transportado estava "devidamente documentado" e que "nada de ilegal foi constatado" na fiscalização e ninguém foi indiciado.