O advogado Gledson Alves de Souza, afirmou ao "Jornal Midiamax", na manhã desta quarta-feira (24), que seu cliente, o ex-policial Thiago de Souza Martins, de 36 anos, nunca negociou drogas ou participou de esquema de venda de cocaína. 

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Segundo a defesa, Thiago havia sido procurado por um homem identificado como Luiz Henrique, que queria fazer uma denúncia de tráfico de drogas, mas, conforme o advogado, o ex-sargento não foi ao encontro de Luiz, que acabou preso no dia 21 de julho. 

Ainda segundo a defesa, Thiago é inocente e tudo será provado. Gledson afirmou que foram encontradas mensagens no celular de Thiago enviadas por Luiz sobre a suposta denúncia de tráfico de drogas, mas que o ex-militar nem foi ao encontro. O advogado disse que vai pedir por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica para o ex-militar. Thiago e outro policial foram presos e depois do depoimento levados para o Presídio Militar. 

Investigação

A investigação teve início em julho, quando houve a prisão de um homem pelos crimes de tráfico de drogas e receptação. Durante a ocorrência, foram localizados nove tabletes de pasta base de cocaína, com peso aproximado de nove quilos. 

Durante a apuração, foi descoberta a participação de policiais militares em crimes de peculato e tráfico de drogas. Eles estariam desviando as drogas, entre elas cocaína, para depois revender.

Na operação desta manhã, foram cumpridos mandados, sendo de busca e apreensão e de prisão. Após as oitivas, os presos serão levados para o Presídio Militar Estadual.

3º sargento excluído

Em 2018, Thiago Martins e mais dois militares foram flagrados com contrabando avaliado em R$ 100 mil. O flagrante aconteceu na MS-162, sentido Sidrolândia a Maracaju, após denúncia anônima. 

O militar foi preso em casa, no Bairro Santo Antônio. No dia 16 deste mês, conforme consta em publicação no DOE (Diário Oficial do Estado), ele foi excluído das fileiras da Polícia Militar, em cumprimento a uma decisão judicial.