Em discurso rápido, Bolsonaro agradece votos e diz que protestos revelam ''indignação''

Chefe do Executivo foi derrotado em segundo turno e se manifestou pela primeira vez sobre o resultado nesta terça (1º)

Da Redação


Em sua primeira manifestação após o segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu os 58 milhões de votos que recebeu no último domingo (30) e disse que as manifestações de caminhoneiros pelo país são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu processo eleitoral". Em um discurso de dois minutos, Bolsonaro não fez referência à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O pronunciamento do presidente era aguardado desde o resultado das eleições, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 19h50 de domingo (30).

“Queria começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, afirmou.

“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, concluiu.

Bolsonaro se reuniu com ministros antes de fazer a declaração à imprensa, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Victor Godoy (Educação), Marcelo Queiroga (Saúde), Ronaldo Bento (Cidadania), Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), entre outros.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito em segundo turno para o Palácio do Planalto derrotando o atual chefe do Executivo por uma diferença de menos de 2 pontos percentuais — Lula teve 50,9% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,1%. Foi a disputa presidencial mais apertada desde a redemocratização.

O petista vai ocupar a Presidência da República pela terceira vez na história. Ele já teve dois mandatos como presidente do Brasil, entre 2003 e 2010. O vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).

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