Pequena hidrelétrica é multada em R$ 105,5 mil por mortes de animais silvestres

Os animais adentravam ao canal de derivação de água para as turbinas e não havia como sair, em razão da altura

Luis Gustavo, Da Redação


A PMA (Polícia Militar Ambiental) de Costa Rica realizava fiscalização no município de Chapadão do Sul e, ao fiscalizar uma Pequena Central Hidrelétrica, nesta quarta-feira (23), instalada no córrego Indaiá, encontrou diversos animais silvestres mortos na área onde são instaladas as turbinas.

 

A equipe verificou que os animais adentravam ao canal de derivação de água para as turbinas e não havia como sair, em razão da altura. Então, eles nadavam até não mais ter forças e morriam afogados próximos da casa de máquina, no dispositivo denominado "limpa grade".

 

Além de perceber que os animais caíam no local devido à falta de cercamento que os impedissem, a equipe percebeu que funcionários da empresa, simplesmente retiravam os animais mortos e lançavam na esteira, de onde eles caiam ao solo, onde foram encontradas várias carcaças de bichos de diversas espécies, alguns mortos recentemente se decompondo a céu aberto, ocasionando forte odor.

 

A empresa paranaense, com esta filial com domicílio jurídico em Chapadão do Sul, foi autuada administrativamente e foi multada em valor de R$ 105.500,00 pela morte dos animais silvestres constantes na lista de extinção e por deixar de cumprir condicionante. O gerente da empresa foi notificado a tomar providências de melhorias mitigação da cerca de isolamento para que os animais não adentrem ao canal.

 

Além da multa, tanto a pessoa jurídica e as pessoas físicas responsáveis, responderão pelos crimes ambientais previstos na Lei de Crimes Ambientais, de funcionar atividade potencialmente poluidora, em desacordo com a licença obtida, com pena prevista de um a seis meses de detenção, com base no artigo 60 e, também, com base no artigo 68, que dispõem que o seguinte: “deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental”, cuja pena pode chegar a detenção, de um a três anos, e multa.

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