Mais de 1.000 extremistas presos são transferidos para penitenciárias

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) divulgou nesta quarta-feira (11) que 1.028 extremistas foram transferidos para presídios do Distrito Federal até as 9h da manhã. Entre os detidos, estão 637 homens e 391 mulheres, que foram transferidos, respectivamente, para o Complexo Penitenciário da Papuda e a penitenciária feminina de Brasília, conhecida como Colmeia.

Mais cedo, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou que a Polícia Federal já lavrou 1.261 autos de prisão e apreensão em decorrência dos atos antidemocráticos que ocorreram no último domingo (8). 

Antes da transferência, as pessoas que participaram dos atos ou que estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército foram levadas para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil do DF, para exame de corpo de delito. 

Por questões humanitárias, 599 pessoas que estavam detidas na Academia de Polícia foram liberadas na terça-feira (10). No grupo estão idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças.

Segundo o interventor federal do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, os adultos que levaram crianças a acampamentos instalados serão investigados. "É crime levar crianças a um ambiente com uma série de elementos criminosos e com pessoas depredando patrimônio público", comentou.

Os atos de vandalismo e depredação aconteceram no último domingo (8) em Brasília. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior do edifício, onde ficam as cúpulas do Senado e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do prédio. O grupo também invadiu e depredou o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, e o edifício do STF.