Defensor público é afastado suspeito de usar cargo para beneficiar facção criminosa em MS

Além do defensor, um advogado foi afastado das funções. De acordo com as investigações, os crimes investigados são de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada

Da Redação


Um defensor público foi afastado das funções após ser apontado em investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), em Campo Grande. As apurações indicam que o defensor Helkis Clark Ghizzi, pai do Bruno Ghizzi, preso desde o ano passado por integrar uma facção criminosa paulista, é suspeito de usar do cargo para beneficiar uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do Brasil. O “G1/MS” não encontrou a defesa do investigado.

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Helkis Ghizzi já atuou na Defensoria Pública de Nova Andradina há mais de oito anos, permanecendo uns quatro anos na comarca.  

De acordo com o MPMS, nesta etapa da investigação foram apurados crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada, atribuídos a um advogado apontado como “gravata” de uma facção criminosa, e que já se encontra custodiado preventivamente, um Defensor Público e um ex-assessor, também advogado.

Segundo o “G1/MS”, a operação dessa quarta, chamada de “Maître” (Mestre), tem como objetivo reunir provas do envolvimento dos três suspeitos com a facção paulista, que tem forte atuação em Mato Grosso do Sul. Desde a primeira fase, ocorrida em março do ano passado, os alvos são investigados por fazerem parte do núcleo conhecido como “Sintonia dos Gravatas”.

As informações foram compartilhadas após o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrar mais uma fase da operação "Courrier" nesSa quarta-feira (1º).

Ao todo, quatro endereços, na capital, foram alvos de mandados de buscas e apreensões.

Participação de advogados

As investigações apontam que os criminosos contavam com uma rede de comunicação mantida por advogados. Consta que os profissionais “extrapolavam as suas atividades legais” ao transmitir mensagens dos suspeitos envolvidos no plano e até cobranças dos custodiados sobre o andamento do resgate.

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