Delegacia da Mulher desmonta rede de exploração sexual de vulneráveis em Bataguassu

Ex-vereadores, empresários e PMs agiam em rede de prostituição

Da Redação


A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) indiciou, nessa sexta-feira (24), 14 pessoas, entre ex-vereadores, policiais militares e empresários, por fazerem parte de uma rede de exploração sexual de menores, em Bataguassu.

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Segundo as investigações, a cafetina, conhecida como Darle Dina Dominical, de 31 anos, foi presa no começo do mês de fevereiro, durante a “Operação Força e Pudor", e chegou a incendiar a cela de uma Delegacia de Polícia.

A ação que resultou na prisão cautelar do casal de cafetões, mantinha conjunto de fotos de adolescentes, conhecido como “cardápio”, o qual era mostrado à rede de clientes.

Darle era conhecida na cidade e, inclusive, já tinha sido condenada pelo mesmo crime, no ano de 2019. Contudo, não acreditava que seria presa, conforme informações policiais.

A investigação apontou que ela recrutava menores de idade e oferecia como "cardápio" aos clientes. O programa custava aproximadamente R$ 250. Ela aliciava as meninas, que faziam os programas em motéis, ranchos e pousadas.

Ainda segundo as investigações, houve conversas da cafetina com as meninas, em que fala que o cliente estava esperando e apontava os locais. Ela constrangia, forçava a ir. Às vezes as meninas não tinham com quem deixar os filhos e ela forçava.

Após a prisão em fevereiro, a cafetina - que acreditava na impunidade, segundo a polícia - causou tumulto na Delegacia de Bataguassu, foi transferida para Brasilândia, onde chegou a incendiar uma cela.

A investigação buscou a autoria de agenciadores, clientes e proprietários de ranchos e motéis. Para tanto, mais de 20 pessoas foram ouvidas e sigilos telefônicos e bancários foram quebrados.

“A operação é mostra do empenho da Polícia Civil em resguardar as adolescentes da região, bem como acabar com a odiosa prática de turismo sexual na cidade”, diz a autoridade policial.

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