Tião, um dos maiores narcotraficantes do Brasil é preso na Bolívia

Durante a captura, houve troca de tiros entre grupo de traficantes e policiais

Da Redação


Lourival Máximo da Fonseca, de 56 anos, conhecido como Tião, considerado um dos maiores narcotraficantes do Brasil foi preso na cidade de San Rafael de Velasco, na Bolívia, na quinta-feira (15).

A cidade onde ele foi preso fica a aproximadamente 500 quilômetros de Corumbá. Natural de Cristália (MG), Lourival já foi recapturado em Mato Grosso do Sul após fugir da Bahia, segundo o Ministério da Justiça.

Foragido desde 2020, Tião está na lista dos 21 mais procurados pelo Ministério da Justiça. Ele foi preso pela Polícia Nacional da Bolívia após uma abordagem. Houve troca de tiros durante a prisão, entre policiais bolivianos e suspeitos.

Ainda de acordo com o MJ, Lourival atua na região sudeste com tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico de armas desde a década de 1990. Ele também é investigado por oito homicídios realizados a mando da Organização Criminosa Bonde do Maluco, aliada do PCC.

Ele é considerado um dos principais traficantes da Rota Caipira, que passa por São José do Rio Preto (SP).

“Tião” foi alvo da “Operação Alfa” da Polícia Federal na região, responsável por desmantelar quatro organizações criminosas que introduziram a cocaína boliviana no Brasil. Na época, a investigação foi coordenada pelo então delegado André Luiz Previato Kodjaoglanian, que atualmente é vice-prefeito em Lins (SP). O traficante, que atuou na região de Rio Preto, tem mandado de prisão expedido, em 2010, pela 2ª Vara Federal de Rio Preto.

O ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, anunciou que o traficante será entregue ao Brasil, onde tem mandados de prisão em vigor até 2050.

Tião 

Nascido em 9 de fevereiro de 1968, em Cristália (MG), Lourival Máximo da Fonseca Tião é hoje um dos brasileiros mais procurados pelos agentes da Força Especial da Luta contra o Narcotráfico (Felc-N), a polícia antidrogas da Bolívia. Atualmente, ele é um dos traficantes que mais envia cocaína e pasta base de coca daquele país para o Brasil, por meio de aviões que saem de território boliviano com destino ao país.

Em anos anteriores, o Ministério Público Federal (MPF), apontou que a organização criminosa de Tião lançava droga em propriedades rurais dentro do território nacional, próximo à fronteira boliviana. Ele usa identidades falsas de Sebastião Miranda Cardoso e Andress Gonçalves de Oliveira e, de acordo com o MPF, mora no Brasil e na Bolívia.

Segundo o MPF, a droga é comprada na Bolívia, de atravessadores de Santa Cruz de la Sierra. Os procuradores conseguiram indícios disso ao analisar a movimentação financeira dele com estrangeiros.

De acordo com a investigação na época, o traficante vendia para a maior facção de tráfico de drogas do Brasil, que opera a partir de São Paulo, para outras organizações e atravessadores no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e no Centro-Oeste, principalmente Brasília e Goiânia. Segundo a PF, ele teria ainda uma conexão na Europa para exportação da droga. Com informações Diário do Rodrigo Lima

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