Justiça leiloa veículos de luxo de quadrilha ligada ao crime organizado

Carros foram confiscados durante a Operação Car Wash, que mirou uma quadrilha que desviava cocaína e analgésicos

Por R7


A Justiça de São Paulo abriu um leilão de 19 veículos de luxo apreendidos com traficantes ligados ao PCC, entre eles unidades de marcas como Porsche, BMW, Volvo Jaguar. Os carros foram confiscados durante a Operação Car Wash, que mirou uma quadrilha que desviava cocaína e analgésicos para turbinar os efeitos e aumentar o rendimento da cocaína.

Entre os veículos leiloados há um bug e uma moto da BMW. O carro mais em conta é um Ford Ka, que tinha lance inicial de R$ 32 mil. O veículo mais caro é um Porsche 911, de R$ 815 mil. Há inclusive um Porsche blindado na lista de carros que podem ser arrematados.

O leilão é virtual, vai até o dia 26 e foi autorizado pelo juíza Ilona Marcia Bittencourt Cruz, da 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo.

Segundo a Promotoria, o leilão antecipado dos veículos visa preservar o valor de mercado dos mesmos. Se fosse aguardado o fim da ação penal, o preço dos carros iria depreciar.

O leilão pode ser acessado pelo link www.sodresantoro.com.br/leilao/25956/

Cuidado com golpes

O Ministério Público de São Paulo alerta sobre fraudes em sites de leilão falsos. É essencial que os interessados verifiquem a nomeação do leiloeiro no processo judicial correspondente, bem como sua inscrição regular na Junta Comercial, e consultem o edital no site do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Recomenda-se sempre entrar em contato com o órgão responsável pelo leilão para confirmar as informações antes de fazer um lance online. É importante não realizar pagamentos sem antes visitar pessoalmente o bem desejado. Mais esclarecimentos podem ser encontrados em www.tjsp.jus.br/Leiloes.

Operação

A operação na qual os veículos foram apreendidos foi aberta em novembro do ano passado, para desbaratar o que o MP chamou de “complexa estrutura de comercialização clandestina de produtos químicos para processar psicotrópicos”.

O grupo usava a negociação dos veículos de luxo para levantar parte do dinheiro usado para comprar a cafeína e os analgésicos. Os valores eram repostos com a venda dos produtos para traficantes locais.

À época em que a ofensiva foi aberta, o MP indicou que a quadrilha tinha três núcleos – financiadores, fornecedores e traficantes locais. Havia toda uma rede que movimentava os valores usados para a compra e venda da cafeína e analgésicos e ainda foi identificada uma empresa de suplementos esportivos com autorização para aquisição da cafeína, posteriormente, desviada.

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