O ambiente político brasileiro está irrespirável! E não foi o polo da direita que deu causa ao fenômeno, já comum a todo o Ocidente. A forte polarização se impôs por justíssima causa quando o extremismo esquerdista, de corpo inteiro, passou a arremeter contra os valores da civilização.
Entre as vítimas, está a juventude submetida à ditadura ideológica nas salas de aula e à tirania da informação que carrega os estigmas da submissão aos “editores da nação”. A primeira faz o que temos visto, em dimensão prática, no comportamento de matilha dos novos cidadãos; a segunda se permite escrutinar, no cardápio dos fatos diários, com a conveniente harmonização facial, a notícia que pode chegar ao conhecimento do povo.
De um lado, você tem:
a) organizações empresariais e instituições públicas dedicadas a uma suposta autenticação dos fatos mediante fact-check;
b) o silêncio submisso ante escancarada lawfare (a lei como arma da guerra ao inimigo);
c) a sumária adoção da cancel culture (cultura de cancelamento), significando o expurgo de toda divergência, promovido pela esquerda sempre que majoritária;
d) a tolerância ao discurso de ódio que diz combater o hate speech (discurso de ódio) alheio;
e) a normalização dos vazamentos possibilitados por fishing expeditions (pescaria probatória);
f) a distribuição de rótulos como os de fake news, misinformation, e informational disorder.
Em língua inglesa, juntas, essas expressões importadas pela esquerda exprimem conceitos e condutas que, em muitos casos, corrompem a aplicação do Direito, a política e o convívio social. Sinto muito, rapaziada, não foram vocês das “ciências humanas” em nossas universidades que inventaram essas práticas. É dos primeiros anos do século passado, tempo de seus tataravôs, que lhes vem os exemplos de cancelamento, desumanização da divergência, pensamento único, estado opressor e jornalismo submisso proporcionados pelos comunistas no contexto da Revolução Russa. Ponto. Sempre acompanhados do Gulag. Ou da Papuda.
De outro lado, para confrontar e criticar o desastre de um jornalismo cujo símbolo é o Consórcio Goebbels de Comunicação, milhões se valem dos novos canais viabilizados pelas redes sociais e pelas modernas tecnologias. São iniciativas brilhantes, que alcançam fantástico sucesso pelo simples fato de corresponderem ao desejo da sociedade por uma informação livre, plural e destemida.
*Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Este texto, não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal da Nova.
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