Cidades & Região / Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul se consolida como referência em sustentabilidade e inovação verde
Luis Gustavo, Da Redação*
Mato Grosso do Sul desponta como referência nacional e internacional da agenda verde, provando que é possível conciliar crescimento econômico com respeito ao meio ambiente. Alinhado ao programa Carbono Neutro 2030, o Estado avança em políticas e projetos que unem ciência, inovação e preservação, servindo de exemplo na busca por soluções frente aos desafios climáticos.
Na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Aquidauana, surgem iniciativas que fortalecem esse compromisso, como o projeto PackSeed – Inovação na Dispersão de Sementes, desenvolvido em parceria com a startup EcoSeed. A proposta é recuperar áreas degradadas de forma mais econômica, tornando a tecnologia acessível a produtores rurais e instituições.
O pesquisador Allan Motta Couto explica que o protótipo já mostrou bons resultados em laboratório e será testado em campo ainda este ano. Embora o foco principal não seja o sequestro de carbono, o impacto ambiental positivo é inevitável. Já a docente Adriana Soares Luzardo Couto ressalta que a inovação pode impulsionar a recuperação de solos e reflorestamento em diferentes contextos produtivos.
Outro destaque da UEMS é o projeto de uso sustentável do Louro-Preto (Cordia glabrata), desenvolvido em parceria com a EMBRAPA Pantanal. A pesquisa analisa como a arborização de pastagens pode melhorar o bem-estar animal e o desempenho da produção pecuária.
Também ganha força o projeto Sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), que avalia o cultivo de eucalipto em áreas pecuárias. Segundo estimativas, cada hectare de ILPF pode imobilizar até 18 toneladas de CO₂ por ano, o que equivale à compensação da emissão de aproximadamente nove veículos. “Nosso objetivo é demonstrar que a integração arbórea na produção de carne é viável e sustentável”, afirma Couto.
Entre 2022 e 2024, um estudo conduzido pela engenheira agrônoma Larissa Pereira Ribeiro Teodoro (UFMS) comprovou que a silvicultura, especialmente o cultivo de eucalipto, apresenta menores emissões de dióxido de carbono pelo solo em comparação com pastagens tradicionais. Além disso, mostrou alto potencial de estoque de carbono, reforçando a importância da integração entre produção e preservação.
Segundo a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), cinco dos dez municípios brasileiros com maiores áreas de florestas plantadas estão em Mato Grosso do Sul. Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia e Selvíria juntos somam mais de 1 milhão de hectares de florestas plantadas, consolidando o Estado como o segundo colocado nacional nesse segmento.
Essas iniciativas, em sintonia com a celebração do Dia da Árvore (21 de setembro), reforçam o compromisso de Mato Grosso do Sul com o futuro sustentável. Mais do que números, elas representam a construção de um modelo de desenvolvimento que alia inovação, produtividade e respeito ao meio ambiente. *Com informações do Governo de MS.
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