Hospitais têm até a próxima terça-feira para aderir à nova política hospitalar do Governo de MS

Pehosp prevê repasse anual de R$ 198,5 milhões e reorganização da rede hospitalar

Luis Gustavo, Da Redação*


O Governo de Mato Grosso do Sul reforçou o chamado para que hospitais locais, de apoio e regionais formalizem a adesão à Política Estadual de Incentivo Financeiro Hospitalar (Pehosp). O prazo encerra-se nesta terça-feira (30) e 62 unidades podem aderir ao modelo, que traz critérios inéditos de financiamento e promete reorganizar a rede hospitalar do Estado.

 

Válida para os anos de 2025 e 2026, a Pehosp foi construída com base em diálogo entre gestores municipais, prefeitos, dirigentes hospitalares, conselhos de saúde e Assembleia Legislativa. O modelo combina repasse fixo — que assegura serviços essenciais como pronto atendimento 24h, partos, cirurgias e UTIs — com repasse variável, calculado a partir da produção registrada nos sistemas oficiais do SUS.

Segundo a secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, a política representa um marco para a rede.

 

“Estamos consolidando um modelo inovador, que dá segurança financeira aos hospitais e, ao mesmo tempo, valoriza resultados. A Pehosp garante cuidado mais próximo das pessoas e promove uma rede organizada, eficiente e sustentável”, destacou.

 

Reorganização da rede

A política também integra os hospitais às Redes de Atenção à Saúde (RAS), permitindo que cada unidade atue conforme sua complexidade. Dessa forma, hospitais locais absorvem demandas de média complexidade, liberando os regionais e de referência para casos mais graves.

 

A medida está alinhada ao processo de transformação do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, que passa por uma Parceria Público-Privada (PPP) de quase R$ 1 bilhão. O projeto prevê a ampliação de 362 para 577 leitos, novos blocos hospitalares, automação de serviços e soluções sustentáveis como energia solar e reuso de água.

 

Também fazem parte da regionalização o Hospital Regional de Três Lagoas e o Hospital Regional de Dourados, cuja Policlínica Cone Sul deve entrar em operação já na próxima segunda-feira (29).

 

Critérios de adesão

Para participar, os hospitais precisam cumprir requisitos como:

  • funcionamento ininterrupto, 24 horas por dia;

  • equipes qualificadas em todas as clínicas contratualizadas;

  • prontuário eletrônico implantado ou em fase de implantação em até dois anos;

  • protocolos de segurança do paciente e núcleo de gestão de risco;

  • integração ao sistema estadual de regulação, com mapa de leitos atualizado.

A adesão deve ser formalizada por meio de formulário enviado ao e-mail . Hospitais sob gestão estadual enviam diretamente; os de gestão municipal devem aderir em conjunto com a secretaria municipal de saúde.

 

Sustentabilidade e metas

Com teto orçamentário anual de R$ 198,5 milhões, os recursos da Pehosp serão repassados mensalmente pelo Fundo Especial de Saúde (FESA) aos Fundos Municipais de Saúde.

 

Para a superintendente de Atenção à Saúde, Angélica Congro, a política traz transparência e equidade.

 

“O hospital que cumpre metas e entrega resultados terá o reconhecimento necessário. É um modelo justo, que respeita as diferenças regionais e fortalece a confiança entre Estado, municípios e gestores hospitalares”, afirmou.

 

Entre os objetivos da Pehosp estão a redução de filas de espera para cirurgias e internações, a realização de procedimentos de menor complexidade em hospitais locais e a ampliação da contrarreferência, permitindo que pacientes retornem para concluir o tratamento perto de casa.

 

Serviço

  • Quem pode aderir? Hospitais locais, de apoio e regionais de saúde de MS.

  • Prazo final: 30 de setembro de 2025.

  • Como aderir? Preencher termo de adesão e encaminhar para .

  • Investimento previsto: R$ 198,5 milhões anuais, com recursos do Tesouro Estadual. *Com informações da SES.

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