Foragido suspeito por duplo homicídio e grilagem de terras no Maranhão é localizado e detido em Ivinhema

Ação da Polícia Militar e equipe da Força Tática aconteceu na noite dessa quarta-feira (29)

Da Redação


Na noite dessa quarta-feira (29), a Polícia Militar de Ivinhema, com apoio da Força Tática do 8º Batalhão, prendeu Giovany Molina Santos, de 38 anos, procurado pela Justiça do Maranhão pelos crimes de duplo homicídio, associação criminosa e grilagem de terras.

Durante patrulhamento ostensivo e preventivo, os policiais receberam informações de que o foragido estaria circulando pela cidade. Diante das denúncias, as equipes intensificaram as diligências e localizaram o suspeito no bairro Itapoã.

Após consulta aos sistemas policiais, foi confirmada a existência de um mandado de prisão temporária expedido pela 2ª Vara Criminal de Barra do Corda (MA). Giovany foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema. No entanto, horas depois, acabou liberado em razão de um habeas corpus já deferido pela Justiça maranhense, na comarca responsável pela expedição da ordem de prisão.

O caso

Giovany Molina Santos, natural de Porto Murtinho (MS), figurava até 25 de outubro deste ano entre os criminosos mais procurados do Maranhão. A das vítima chegaram a oferecer recompensa de R$ 450 mil por informações que levassem à sua captura e à de outros três investigados: José Ermes Gomes Silva, Marcelo Gomes Carneiro (pai e filho) e José Rogério Gomes de Lima.

Eles são acusados de envolvimento na execução de Rodrigo Alves Rabelo e Valciderlan Sousa, ocorrida no dia 9 de janeiro de 2025, em Barra do Corda (MA). As vítimas foram assassinadas a tiros, e os suspeitos fugiram logo após o crime.

As investigações conduzidas pela Delegacia Regional de Barra do Corda apontam que o duplo homicídio teria sido motivado por uma disputa de terras possivelmente griladas, localizadas nos municípios de Mirador e Fernando Falcão. As autoridades apuraram ainda que houve ameaças entre as vítimas e os investigados semanas antes dos assassinatos.

De acordo com o delegado Brito Júnior, chefe da regional, a quadrilha é suspeita de grilar até 20 mil hectares de terras, movimentando valores que podem chegar a R$ 40 milhões.

“O modus operandi do grupo era identificar áreas devolutas ou particulares sem certificação, falsificar matrículas, georreferenciamentos e documentos de certificação, além de ameaçar posseiros e pequenos agricultores, com o objetivo de vender as terras a grandes fazendeiros e grupos econômicos”, explicou o delegado.

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