Nacional & Geral / Meio Ambiente
Amazônia Legal registra menor índice de desmatamento em 17 anos
Fiscalização intensiva e políticas de proteção resultam em quedas históricas, segundo o ICMBio e o Inpe
Luis Gustavo, Da Redação*
A Amazônia Legal registrou, entre agosto de 2024 e julho de 2025, o menor índice de desmatamento dos últimos 17 anos em unidades de conservação federais. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que 134 quilômetros quadrados foram desmatados nesse período.
O Cerrado também apresentou um resultado positivo, com o segundo menor índice desde 2007 — apenas 31 quilômetros quadrados de desmatamento em unidades de conservação federais. Os dados são do Projeto de Desmatamento e Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe.
Resultados históricos
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) classificou os números como “resultados históricos”. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o órgão realizou 312 ações de fiscalização na Amazônia, envolvendo 1.412 agentes e resultando em mais de 1,3 mil autos de infração.
No Cerrado, foram 91 operações, com 474 agentes e mais de 400 autos lavrados. Em comparação a 2022, a redução do desmatamento foi de 74% na Amazônia e 62% no Cerrado.
“A queda contínua dos últimos anos mostra que a estratégia do ICMBio está apresentando resultado real e consistente”, afirmou o presidente do órgão, Mauro Pires.
Queda geral na Amazônia Legal
Além das unidades de conservação, o desmatamento total na Amazônia Legal também apresentou redução significativa. A queda foi de 11,08% em relação ao período anterior, marcando a terceira menor taxa desde 1988.
No Cerrado, a retração foi de 11,49%, consolidando a tendência de queda observada desde 2023, após cinco anos consecutivos de alta.
Caminho para o desmatamento zero
Segundo o ICMBio, as reduções registradas reforçam a possibilidade de o Brasil alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.
“Com os menores índices históricos de desmatamento, tanto no geral quanto em áreas protegidas, o Brasil chega à 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima com um recado claro: proteger florestas é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a crise climática”, destacou o instituto, em nota.
Mauro Pires atribuiu os resultados à retomada da presença do ICMBio na região, ao reforço da fiscalização, à reativação de políticas sociais voltadas a povos e comunidades tradicionais e à modernização das operações com novos veículos e equipamentos.
“Esses avanços mostram que é possível unir proteção ambiental, inclusão social e desenvolvimento sustentável”, concluiu Pires. *Com informações da Agência Brasil.
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