Cidades & Região / Mato Grosso do Sul
MS apresenta ‘revolução silenciosa’ da sustentabilidade ao mundo durante a COP30
Estado apresenta avanços ambientais, novas parcerias internacionais e metas rumo à neutralidade de carbono na COP30
Luis Gustavo, Da Redação*
O Governo de Mato Grosso do Sul levou ao palco da COP30, em Belém (PA), aquilo que a Embrapa classificou como uma “revolução silenciosa”: o conjunto de políticas e resultados que vêm transformando o Estado em referência nacional e internacional em desenvolvimento sustentável. Ao longo da semana, representantes sul-mato-grossenses participaram de painéis, encontros e debates, reforçando que é possível conciliar crescimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.
A principal novidade anunciada foi a adesão de Mato Grosso do Sul ao selo verde da União Europeia, iniciativa que certifica a origem sustentável da produção estadual e fortalece a relação com mercados internacionais. Para o governador Eduardo Riedel, o compromisso amplia a credibilidade do Estado no cenário global.
“O Mato Grosso do Sul aderiu ao selo verde, uma iniciativa da União Europeia junto com a Universidade Federal de Minas Gerais. Vamos garantir aos mercados europeus a origem e procedência da nossa produção, com manutenção do acesso ao mercado”, destacou. Riedel avaliou positivamente a participação na conferência: “Mostramos ao mundo que produzir com sustentabilidade é uma diretriz consolidada e permanente”.
Compromisso Carbono Neutro
Pilar central da política ambiental do Estado, o programa MS Carbono Neutro 2030 segue como norteador das ações governamentais. Com 27% do território no Pantanal – onde 84% da vegetação permanece preservada –, 63% no Cerrado e 10% na Mata Atlântica, o Estado registrou a maior redução de emissões agropecuárias do país: 51% entre 2006 e 2022.
Além disso, 94% da energia consumida em Mato Grosso do Sul é renovável, resultado que reforça a coerência entre o modelo de desenvolvimento econômico e as metas ambientais. Segundo Riedel, a COP30 serviu para apresentar ao mundo uma agricultura “muito mais sustentável do que muitas vezes se divulga nos grandes mercados”.
Durante dois dias, o governador, acompanhado pelo secretário Jaime Verruck e pelo secretário-adjunto Artur Falcette (Semadesc), participou de painéis promovidos por entidades como a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Abema e a Embrapa, na Agrizone do evento. A delegação segue na COP30 para manter agendas técnicas e divulgar projetos estruturantes do Estado.
Economia circular e energia limpa em foco
A economia circular ganhou destaque nos debates, com três empresas sul-mato-grossenses selecionadas para apresentar boas práticas no setor. “Parabéns à Federação das Indústrias, que levou exemplos concretos de sustentabilidade à COP”, afirmou Verruck.
O Estado também apresentou avanços em logística reversa, uso sustentável do solo e expansão das fontes de energia limpa — áreas que impulsionam a competitividade e atraem investimentos privados.
Liderança nacional em clima e preservação
Mato Grosso do Sul também detalhou o projeto do mercado de carbono estadual, previsto para ser lançado oficialmente em janeiro. O mecanismo, baseado no REDD jurisdicional, busca captar recursos para comunidades indígenas, ribeirinhas, produtores rurais e municípios engajados na conservação ambiental. A iniciativa integra a estratégia que visa fazer do Estado o primeiro do país a atingir a neutralidade de carbono até 2030.
Outro destaque foi o fortalecimento das políticas de proteção do Pantanal. A recém-criada Lei do Pantanal estabelece regras claras para o uso econômico sustentável da região e institui o Fundo Clima Pantanal, que remunerará quem preserva o bioma, reconhecendo o papel essencial de produtores rurais e comunidades tradicionais.
Referência internacional
Com ações consolidadas, novas parcerias e uma agenda climática robusta, Mato Grosso do Sul se firma como um dos principais protagonistas ambientais do Brasil. A aposta em sustentabilidade, aliada ao desenvolvimento econômico e social, transforma o Estado em exemplo de gestão pública capaz de gerar emprego, renda e oportunidades enquanto protege seus biomas. *Com informações do Governo de MS.
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