Mães servidoras dão dicas de como conciliar maternidade com trabalho

Redação


A sociedade moderna exige e conta, a cada dia mais, com a participação ativa da mulher, em várias atividades profissionais, sem prejuízo da sua missão específica de ser mãe. A questão é saber como conciliar maternidade com realização profissional.

A mulher moderna, nas últimas décadas, além de reivindicar e lutar pela sua autonomia e menor ou quase nula dependência do homem, em todos os aspectos, tem se aprimorado na busca e conquista da realização humana e profissional.

Hoje é inadmissível entre elas que ainda existam mulheres que se contentem apenas em serem donas de casa, esposas, mães de família. Maioria não abdica por completo dessas funções, mas quer mais, procura e exerce atividades profissionais, sem detrimento de sua feminilidade e vocação específica de maternidade.

Este é o caso de três servidoras públicas municipais, duas lotadas na secretaria de Saúde e outra na secretaria de Administração. As três são mães de bebês e procuram conciliar a preocupação do acompanhamento do crescimento de seus filhos com o desempenho de suas funções no ambiente de trabalho.

Escolha da pessoa certa para deixar o filho

O primeiro e mais importante passo é escolher a pessoa certa para cuidar do bebê enquanto a mãe trabalha. A confiança é primordial para a tranquilidade da mãe e segurança do bebê, recomendam as três mães servidoras.

“De preferência é que se deixe a criança com alguém da família. Se isso não for possível, a segunda opção é uma boa creche”, recomendou Lara Stela Martins Rodrigues. Ela trabalha no Apoio Técnico do Gabinete da Secretaria de Administração. Lara é mãe da Rafaela, de um ano. Voltou a trabalhar quando a filha tinha oito meses. Apesar de não querer ser fotografada, Lara foi espontânea e sincera ao falar de sua experiência de mãe servidora .

“No começo foi difícil, apesar da minha filhinha estar em boas mãos, mas não conseguia desligar-me por completo”, contou Lara. Ela tem o privilégio de poder deixar seu bebê com a mãe, que reside a duas quadras da Prefeitura.

“O único transtorno é ter que levar, todos os dias, a minha filha para a casa da avó e pegá-la no final do expediente”, comentou a mãe servidora.

A mesma tranquilidade encontrou a servidora Thais Emiliana Sales da Silva. Ela é gerente de Média e Alta Complexidade, da Secretaria Municipal de Saúde.

Ela precisou retornar ao trabalho, quando sua filha Lara, hoje com sete meses, tinha apenas 40 dias de vida. “Foi uma decisão familiar. Fui chamada para assumir cargo na Saúde e não podia perder essa oportunidade de ascensão e realização profissional”, contou Thais.

“Como mulher, também tenho pretensões e sonhos de realização pessoal e profissional. Ser mãe não deve e não prejudica a realização de nossos sonhos”, observou.

“A Lara fica com minha mãe. Está tudo bem, porque aos 30 dias minha filha parou de mamar. Sinto-me tranquila porque tenho certeza que ela está em boas mãos”, comentou.

Apesar de ser “uma grande alegria para a avó”, a mãe da Lara também não consegue desligar-se por completo da filhinha. “O que mais sinto falta é não poder desfrutar os melhores momentos do crescimento da Lara”, disse.

Ela se referiu aos primeiros sorrisos, aos momentos de alimentação, ao banho. “Para compensar essa lacuna, procuro viver intensamente o tempo que passo com minha filha. Por isso, acredito na possibilidade da conciliação e equilíbrio entre ser mãe e realização profissional da mulher”, disse Thais.

Para que isso seja possível, Thais, que é mãe pela segunda vez, deu o seu recado às mães servidoras: “recomendo tolerância e sabedoria para educar e muito amor e carinho que compensem as horas de ausência de nossos filhos”.

Sorte de encontrar pessoa certa fora da família

Por sua vez, a servidora e enfermeira Adriana Louro Spazzapan não teve a mesma sorte de contar com a valiosa ajuda da mãe para deixar o Victor, hoje com um ano e dois meses. Ela é coordenadora de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde.

Adriana gozou da licença maternidade e voltou ao trabalho, quando o Victor completou seis meses. “Tive tempo para me preparar e encontrar a pessoa certa para cuidar do meu filho, enquanto trabalho”, contou.

Todos os parentes mais próximos da Adriana trabalham e não poderiam assumir essa responsabilidade de cuidar do seu filho.

“Em reunião familiar, me propuseram uma jovem senhora, que há anos trabalha na família. Foi um achado que me deixou tranquila, pelo carinho e atenção que essa pessoa dá ao meu filho, enquanto trabalho”, contou Adriana.

Mesmo assim, a mãe enfermeira contou que ligava para casa duas a três vezes ao dia, “preocupada e para saber se tudo estava correndo bem”, disse. “Com o tempo, percebi que isso não era necessário e precisava desligar-me, porque o Victor estava em boas mãos”, comentou.

Apesar de nunca precisar ter que se ausentar do serviço por causa do bebê, Adriana contou que se preocupava constantemente com ele. “Preocupava-me se ele se sentia bem, se estaria doente, se poderia sofrer algum acidente. Coisas de mãe”, disse.

Adriana também recomenda às mães servidoras que sejam cautelosas na escolha da pessoa certa para cuidar do bebê. “Peçam referências, não só empresariais, mas pessoais. Não deixem a criança com pessoa que não seja de extrema confiança”, recomendou.

“Além de ter a certeza que era a pessoa certa, procurei prestar atenção às maneiras como ela trata meu bebê. Isso meu deu tranquilidade”, contou Adriana.

Em 2011, em torno de 60 servidoras municipais gozaram do benefício da licença maternidade e ficaram ausentes do trabalho por seis meses.

Assessoria de Comunicação

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