Preso em cela VIP de Penitenciária Regional, Cabañas é transferido para Assunção

Da Redação


Em uma van de translado de presos, Faustin Ramón Aguayo Cabañas, de 44 anos, foi transferido na tarde desta quinta-feira (14), para uma das celas da Agrupacion Especializada da Polícia Nacional em Assunção. Na manhã de ontem ele tinha sido surpreendido por membros da Força Tarefa que investiga a morte de quatro pessoas em uma chacina ocorrida na manhã do dia (9) em frente a uma casa de eventos em Pedro Juan Caballero, em uma cela VIP na Penitenciária Regional da cidade.

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Com ele foi encontrada Mirna Keldryn Romero Lesme, de 21 anos, que seria a amante dele e que era viúva de um ex-agente especial da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), assassinado depois de renunciar ao cargo. Mirna já teria sido namorada de Dênis Servín, o Dênis Pimentinha assassinado no final de agosto ao deixar uma festa rave em Ponta Porã e de Osmar Vicente Álvarez Grance, de 30 anos, o “Bebeto”, que foi um dos mortos na chacina ao lado da filha do governador do Departamento de Amambay e de duas estudantes de medicina. A polícia investiga se a mulher seria um dos motivos das mortes do ex-companheiro ou mesmo se há ligações entre os crimes.

Segundo o "Ponta Porã News", Cabañas é acusado de tráfico de drogas e se entregou para a Justiça paraguaia e comandava seus negócios de dentro do presídio em uma espécie de apart hotel, com mordomias e regalias que só foram descobertas nesta quinta-feira (14).

O local para onde ele foi levado é o mesmo onde o traficante brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto que tinha sido preso em dezembro de 2017 acusado de homicídio e falsificação de documentos e tráfico de drogas, matou em novembro de 2018 a jovem Lídia Meza Burgos, de 18 anos que tinha ido visita-lo.

Mesmo sem nenhum vínculo com Piloto a entrada dela foi permitida e ela acabou morta com uma faca de mesa. A Justiça do Paraguai disse há época que ele cometeu o crime para evitar a extradição para o Brasil. Mesmo assim ele foi entregue para as autoridades brasileiras e cumpre pena em um presídio federal.

Membros da Força Tarefa continuam investigando a ligação de Cabañas com a chacina e diversos aparelhos de celulares encontrados com ele e a amante e uma caderneta com anotações serão periciados.

Mirna foi colocada em liberdade. Ela teria chegado na noite anterior na penitenciária em uma caminhonete Toyota/Fortuner sem placas que foi encontrada no estacionamento do local.

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