Dracco: Imagens mostram caminhonete carregada com bebidas entrando no presídio em Ponta Porã

Também está sendo investigado a fuga de dois custodiados que saíram pela porta da frente da unidade

Da Redação


Imagens mostram o momento em que uma caminhonete Mitsubishi/L200 Triton cor branca, entrando carregada com bebidas e depois saindo vazia do Presídio Ricardo Brandão, em Ponta Porã. Nesta quinta-feira (6), equipes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deflagraram a “Operação La Cadetral” em repressão qualificada a crimes de corrupção e correlatos, com envolvimentos de policiais penais.

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Durante a operação, cinco policiais penais foram presos temporariamente e estão custodiados no Centro de Triagem de Campo Grande.

A prisão tem prazo de cinco dias e visa garantir a eficiência nas investigações, impedindo que provas possam ser destruídas ou contaminadas.

 

Na investigação do Dracco, as provas foram colhidas com apoio da Corregedoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e da Direção do Órgão Penitenciário, resultando na apreensão de grande quantidade de bebida alcoólica no interior do presídio, celulares, drogas e dinheiro.

“As investigações desenvolvidas pelo Dracco materializaram a existência de organização criminosa integrada por policiais penais envolvidos na prática de diversas infrações penais, tais como, concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares, dentre outros”, disse a delegada do Dracco Ana Cláudia Medina.

No curso das investigações foram apreendidas as bebidas e até carnes in natura, na cela considerada de luxo dentro do presídio, onde tinha até móveis planejados e chuveiro elétrico. Durante as buscas desta quinta-feira (6), em residências alvos da operação, foram apreendidos cerca de R$ 50 mil.

 Cerca de R$ 50 mil foram apreendidos durante a operação - Foto: Dracco/Divulgação

A apuração é presidida em torno de, ao menos, 19 crimes, dentre eles, organização criminosa, concussão, corrupção passiva e corrupção ativa, entradas irregulares de celulares intramuros, tráfico de drogas, bem como, diversas outras irregularidades, tais como:

1) propina para troca de celas, setores, pavilhões, regalias, venda de remição;

2) entrada de bebidas alcoólicas e comercialização no interior da unidade penal;

3) entrada de carnes (in natura) e comercialização no interior da unidade penal;

4) entrada de drogas e comercialização no interior da unidade penal;

5) entrada de celulares e comercialização no interior da unidade penal;

6) uso para fins particulares de mão de obra ou de serviços prestados na unidade penal pelos presos;

7) celas especiais com projeto de móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada e demais regalias, sem passar por revistas e/ou vistorias.

O nome da “Operação La Catedral” faz referência a Penitenciária "construída" na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.

Busca e apreensão em residências alvos da operação - Foto: Dracco/Divulgação

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