Polícia Civil de Anaurilândia conclui investigação sobre o triplo homicídio ocorrido no Assentamento Barreiro

O Inquérito Policial foi encaminhado ao Poder Judiciário, a fim de que o MPE aprecie as medidas de persecuções criminais a serem adotadas e os elementos de informações produzidos

Da Redação


A Polícia Civil de Anaurilândia finalizou, na última sexta-feira (24), as investigações referentes ao triplo homicídio ocorrido no Assentamento Barreiro no dia 26 de fevereiro deste ano, em que foram vítimas João Valdecir Gomes Dias, de 57 anos, conhecido como Deci, Paulo José de Souza, de 36 anos, e Agnaldo de Oliveira Martins, de 36 anos, conhecido como Naldo, após uma briga envolvendo familiares em um bar.

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Durante o atendimento do local de crime e obtenção das primeiras informações, a Polícia Civil identificou dois cadáveres caídos ao solo, sendo que ambos estavam com perfurações aparentes de faca e projétil de arma de fogo e uma das vítimas com a face deformada em razão de graves lesões.

 Briga entre familiares terminou em três mortos - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Conforme apurado preliminarmente no dia pela Polícia Civil, uma das vítimas localizadas, Naldo, de 36 anos, estaria portando uma arma de fogo tipo espingarda, em um bar do Assentamento. Em determinado momento, houve uma briga e a pessoa de Deci, de 57 anos, tentou pegar a arma de fogo de Naldo, dizendo que iria entregá-la a polícia, momento em que a mulher Bruna Betânia Mendonça Dias, de 24 anos, esposa de Naldo, tentou impedir, vindo a agredir Deci, iniciando-se uma briga generalizada entre os citados e mais a pessoa de Paulo José, sendo que Deci e Paulo teriam sido agredidos violentamente por Naldo, o qual se apossou de duas facas e desferiu facadas contra Deci e Paulo, deixando-os caídos ao solo, tendo sido auxiliado por sua esposa Bruna Betânia, a qual foi autuada no dia em flagrante delito.

Acontece que, após as facadas, compareceu no local o irmão da vítima Deci, a pessoa de José Aparecido Gomes Dias, de 58 anos, armado com uma espingarda calibre 38 e se deparou com seu irmão caído ao solo. Neste momento, percebeu que Naldo estava saindo do bar com as duas facas em mãos investindo com José Aparecido o qual então efetuou vários disparos contra Naldo, atingindo-o na barriga e no tórax, sendo então José Aparecido autuado por homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Durante as diligências investigativas, elucidou-se a participação de um terceiro envolvido no homicídio de Deci, uma vez que as graves lesões identificadas na cabeça da vítima não foram praticada por Naldo e nem por sua esposa, mas sim, pela pessoa identificada como Manoel Victor da Silva Cordeiro, de 34 anos, amigo de Naldo, o qual, ao ver seu amigo morto, aproveitou-se do momento em que estava no local apenas Bruna Betânia, pois José Aparecido havia ido buscar ajuda para seu irmão que ainda estava vivo, e foi até Deci e, mediante pisadas, causou traumatismo cranioencefálico na vítima, o que foi, segundo o exame necroscópico, causa efetiva de sua morte.

 Momento da diligência que resultou na prisão do terceiro suspeito - Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil então representou pela prisão preventiva de Manoel Victor, obtendo-se êxito em prendê-lo no último dia (7), oportunidade em que, interrogado, acabou confessando o delito, alegando, contudo, que Deci já estaria morto quando das pisadas e que teria tido tal atitude em razão de ver seu amigo Naldo sem vida.

Após a realização das diligências policiais, oitivas de testemunhas, exames periciais pela equipe técnica de perícias e médico legista, foi possível constatar indícios idôneos do envolvimento de Bruna Betânia, de 24 anos, bem como de Manoel Victor, de 34 anos, nos homicídios de Deci e Paulo, bem como de José Aparecido, de 50 anos, no homicídio de Naldo, bem como de porte ilegal de arma de fogo, sendo que foram indiciados pela autoridade policial.

O Inquérito Policial foi encaminhado ao Poder Judiciário, a fim de que o MPE (Ministério Público Estadual) aprecie as medidas de persecuções criminais a serem adotadas e os elementos de informações produzidos. Foi também encaminhado um pedido pela autoridade policial de conversão da prisão temporária em prisão preventiva da indiciada Bruna Betânia, e a manutenção da prisão de Manoel Victor.

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