Dois paraguaios estão entre presos por suspeita de participação em execuções na fronteira

Outros dois são cidadãos brasileiros. Eles vão ser investigados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em execuções na região

Da Redação


Dos quatro homens que foram presos nesta sexta-feira (5) em ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na cidade de Coronel Sapucaia, localizada na linha de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, dois são de nacionalidade paraguaia e os outros dois são cidadãos brasileiros. Eles vão ser investigados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em execuções na região, marcada pela violência.

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Na prisão em flagrante, foram enquadrados tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse ilegal de arma e associação para o crime. Os quatro tiveram posturas diferentes na hora do interrogatório policial, feito na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados, para onde foram levados por questão de segurança, em razão do grau de periculosidade.

Tiago Ledesma Costa, de 23 anos, brasileiro, admitiu ser dono dos cinco quilos de maconha encontrados na casa onde ocorreram as prisões. Mas não forneceu detalhes, avocando o direito de permanecer em silêncio. Ele era foragido da Justiça, pois tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de entorpecentes.

Vitor Nunes Dias, de 21 anos, natural de Coronel Sapucaia, negou qualquer participação nos fatos. Disse que os “paraguaios” são seus vizinhos, que estava em sua casa e só correu da equipe de segurança pública porque tem registros policiais.

O dono do imóvel, identificado como o paraguaio Delio Martinez, admitiu que a pistola apreendida é sua. Alegou ter tentado fugir por medo, pois teve um irmão assassinado tempos atrás.

Delio afirmou conhecer apenas Carlos Daniel Ferreira Lima, 20 anos, de nacionalidade paraguaia, entre os capturados. A informação obtida pela equipe policial é de que Carlos está em Coronel Sapucaia há apenas 15 dias, para trabalhar na colheita de mandioca.

Fronteira de sangue

O município onde ocorreram as prisões, Coronel Sapucaia, fica a 160 km de Ponta Porã, que teve, no mês passado, mais de 15 mortos em crimes com características de pistolagem, entre eles a filha de um governador paraguaio.

Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador do estado de Amambay, no Paraguai, foi morta junto com mais três pessoas, na saída de uma festa.

Existe a suspeita por parte da polícia de que o trio capturado seja ligado a facções criminosas que estão em guerra pelo controle do crime na região.

Com os quatro homens, foram encontrados 5 quilos de maconha, uma pistola 9 mmm, munições, carregador, além de celulares.

Tudo foi apreendido. Os celulares devem ser periciados à procura de informações que colaborem com o trabalho investigativo.

Perseguição

As prisões aconteceram depois de denúncia ao canal 181. A indicação dada foi de que suspeitos de envolvimento nos crimes de pistolagem na fronteira recentes estariam em Coronel Sapucaia.

Na hora da busca, na Vila Industrial, os suspeitos tentaram fugir, de acordo com a Polícia Militar. Para isso, pularam muros e invadiram residências próximas, conforme o relato do Batalhão de Choque da PM. Com G1/MS

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