Os cinco servidores públicos que estavam presos temporariamente desde o dia 6 de janeiro, tiveram a prisão convertida em preventiva pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã. A prisão foi convertida após representação formulada pelas autoridades policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).

Leia também

| Vídeo: Dracco ouve funcionários de presídio onde policiais penais abonavam mordomias a custodiados

| Dracco: Imagens mostram caminhonete carregada com bebidas entrando no presídio em Ponta Porã

| Operação do Dracco prende 5 policiais penais na fronteira, que transformaram presídio em ''boteco''

As investigações desenvolvidas pelo Dracco materializaram a existência de uma associação criminosa integrada por policiais penais envolvidos na prática de diversas infrações penais, tais como concussão – vantagem para si ou para terceiros – e corrupção passiva.

Durante a operação foram apreendidos celulares, notebooks e computadores dos investigados, além de documentos, R$ 47,1 mil na residência de um dos autores. Também foram apreendidos sete veículos em posse dos investigados que deverão demonstrar a origem lícita na aquisição.

A polícia também ouviu na condição de testemunha vários servidores que trabalhavam na Unidade Penal Ricardo Brandão.

Entre os presos, está Carlos Eduardo Lhopi Jardim, de 39 anos, ex-diretor da Unidade Penal Ricardo Brandão de Ponta Porã. Carlos Jardim como é conhecido em Ponta Porã, foi candidato a vereador pelo DEM nas últimas eleições, obteve 664 votos e está como suplente vereador.

Além de Carlos Eduardo, foram presos: João Xavier Martins Neto, Justo Aquino Navarro, Luiz Carlos Soto e Maicom Thomaz Corrêa de Alencar. Todos foram encaminhados ao Presídio Militar, em Campo Grande.

O nome da “Operação La Catedral faz referência a Penitenciária "construída" na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.