Filho matou a ciclista Marta Gouveia, concluiu Inquérito Policial

Delegacia da Mulher emitiu nota à imprensa na manhã deste sábado (5)

Da Redação


A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Nova Andradina emitiu, uma nota oficial à imprensa sobre a conclusão do Inquérito Policial que investigava o feminicídio perpetrado contra Marta Gouveia Gonçalves dos Santos, de 37 anos. Como o Jornal da Nova já havia noticiado em primeira mão no dia 4 de fevereiro, que o filho, Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos, seria o suspeito e estava preso, foi o que concluiu as investigações.

Leia também

| Suspeito de matar mãe deixa Delegacia e vai para presídio em Nova Andradina

A três dias de completar um mês da morte de Marta Gouveia, DAM aguarda laudos

Advogado deixa defesa de Matheus Gabriel no caso Marta Gouveia

Filho de Marta Gouveia nega autoria e indicou quem poderia ser a autora do crime, diz advogado

''Já tinha outros planos'', disse em depoimento Matheus acusado de matar a mãe em Nova Andradina

Frio e calculista, filho pode ter planejado a morte da mãe em Nova Andradina

Filho fez buscas pelo desparecimento da mãe e participou de passeio ciclístico em Nova Andradina

Preso filho suspeito de matar ciclista Marta Gouveia

Polícia Civil entra no terceiro dia de buscas pelo assassino de Marta Gouveia

Polícia faz varredura no local onde o corpo da ciclista foi encontrado

Vídeo: Elucidar o crime contra a ciclista Marta Gouveia é prioridade da Polícia Civil, diz delegado

Ciclista de Nova Andradina levou 30 perfurações e há indícios de crime sexual

Mulher que saiu para pedalar é encontrada morta, com perfurações no pescoço e nua no anel viário  

Mulher sai para pedalar e não retorna para casa em Nova Andradina

 

As investigações foram coordenadas pela delegada titular da DAM Daniella Nunes, mediante ações conjuntas com a SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Nova Andradina, Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), Delegacia de Atendimento à Mulher de Dourados e Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana.

O Jornal da Nova apurou, que a Delegacia da Mulher de Dourados realizou diligências e ouviu testemunhas que estão naquela cidade, já a Defron trabalhou nas partes tecnológicas dos aparelhos celulares apreendidos do suspeito e a Delegacia de Aquidauana auxiliou nas diligências que levaram a prisão de Matheus Gabriel.

 Delegada da DAM Daniella Nunes quem presidiu Inquérito Policial - Foto: Jornal da Nova

Da apuração

Após diversas técnicas de investigação e de inteligência o procedimento criminal apresentou indícios suficientes, autoria e prova da materialidade da prática do crime de feminicídio pela pessoa de Matheus Gabriel qual se encontrava presa temporariamente na unidade policial.

“Há de se registrar que, com base na perícia necroscópica não foi possível concluir pela existência do crime sexual, entretanto, aguarda-se outra perícia referente há alguns possíveis materiais genéticos colhidos no corpo da vítima fatal”, disse a delegada Daniella Nunes.

Da prisão temporária

Matheus Gabriel foi preso e passou por audiência de custódia - Foto: Jornal da Nova

Dos elementos probatórios produzidos inicialmente a Polícia Civil, através da delegada da DAM, representou pela prisão temporária do suspeito, a qual contou com parecer favorável do MPE (Ministério Público Estadual) e decretada pelo Poder Judiciário, sendo devidamente cumprida, no dia 3 de fevereiro, quando preso em Aquidauana.

Da investigação

O indiciado, acompanhado de advogado, inicialmente prestou declarações, sendo que, em diversos pontos entrou em contradição diante das provas técnicas e depoimentos de testemunhas que lhe foram apresentados, negando, contudo, o crime ora a ele imputado.

“Foram produzidos diversos relatórios de investigação e de inteligência, os quais tiveram como base dados encaminhados por empresas de telefonia e de serviço de internet e por empresas de georreferenciamento e de localização, bem como ouvidas diversas testemunhas, os quais corroboraram os indícios probatório iniciais”, destacou a delegada.

 DAM e SIG de Nova Andradina diligenciaram desde a descoberta do crime até ao fechamento no Inquérito Policial - Foto: Jornal da Nova

Da prisão preventiva

Antes que a prisão temporária ultrapassasse seu prazo de 30 dias, o suspeito foi então indiciado, haja vista que, entendeu a Autoridade Policial a existência de indícios suficientes de autoria e prova da materialidade, momento em que foi interrogado, tendo este mais uma vez negado a autoria e não apresentado justificativas as provas técnicas que lhe foram apresentadas.

Foi então representada pela Polícia Civil, através da delegada Daniela Nunes presidente do Inquérito Policial a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, como forma de garantir a ordem pública e a instrução processual, sem qualquer interferência do investigado, que contou com parecer favorável do Ministério Público, sendo posteriormente deferida pelo representante do Poder Judiciário.

E, após a expedição do mandado de prisão preventiva a ordem foi devidamente cumprida, sendo o indiciado recambiado para o Estabelecimento Penal Masculino, o qual permanece à disposição da Justiça.

Local onde o corpo de Marta Gouveia foi encontrado - Foto: Jornal da Nova

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!