Suspeito de matar mãe deixa Delegacia e vai para presídio em Nova Andradina

Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos, estava com prisão temporária de 30 dias e agora foi convertida em preventiva

Da Redação


Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos, suspeito de matar a mãe, a ciclista Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos, depois de 30 dias de prisão temporária, foi recambiado para o Estabelecimento Penal Masculino Regime Fechado de Nova Andradina. A transferência aconteceu nesta quarta-feira (2).

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Conforme apurou o Jornal da Nova, a delegada titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) Daniella Nunes, terminou o Inquérito Policial no prazo legal, ou seja, 30 dias após a morte da vítima e encaminhou ao Poder Judiciário, onde converteu a prisão temporária em preventiva, com anuência do MPE (Ministério Público Estadual).

Diante disso, ele deixou a cela da Delegacia e foi transferido para o presídio, onde deve ficar em cela seguro, como é chamada, para não ter contato com presos comuns, para evitar uma possível morte dentro da carceragem.

Investigação foi da DAM com apoio da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Polícia Civil - Foto: Jornal da Nova

Como o Jornal da Nova já havia noticiado com exclusividade, apesar dele [Matheus] não confessar o crime, a polícia tem provas concretas de que o suspeito teria assassinado a genitora.

A reportagem apurou que Matheus, dois dias antes de Marta Gouveia aparecer morta, teve duas brigas com a mãe, na quinta-feira e sexta-feira (20 e 21). A mãe chegou a ir na casa de uma das irmãs e desabafou sobre o ocorrido.

Entre os motivos seria que Marta Gouveia planejava ir embora da cidade e não levar Matheus com ela. O jovem teria dito no início das investigações que ele era fruto de um amor proibido da mãe. Matheus Gabriel é filho do primeiro casamento de Marta.

Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos - Foto: Arquivo

Dois dias depois da briga e 15 dias sem pedalar, Marta Gouveia inicia seu pedal logo cedo no domingo (23), antes de sair, às 5h45, envia mensagens para uma amiga dizendo que iria pedalar e tinha combinado de almoçar juntas naquele dia. Assim a que a amiga acordou, por volta das 7h45, enviou mensagens para Marta, mas as mensagens não chegaram. 

A investigação aponta que Matheus se apossou do aparelho celular de Marta já morta, retirou o chip e conectou ao seu aparelho celular, demonstrando de forma técnica que o suspeito de alguma forma ou de outra, participou do crime contra a mãe.

No dia que Marta desapareceu, onde familiares e amigos estavam a sua procura, por volta das 13h37, o chip da vítima recebe várias chamadas telefônicas, mostrando a frieza dele naquele momento em que todos estavam à procura da ciclista e, ele sabendo que ela estava morta.

Local onde Marta foi morta e encontrada - Foto: Jornal da Nova

Corpo de Marta foi encontrado por volta das 16h30 do domingo (23), na segunda alça do anel viário, nua e com sinais de violência. Ao todo, a vítima recebeu cerca de 30 golpes de objeto perfurante.

Nos registros telefônicos aparecem chamadas recebidas a partir das 13h37 e permanecendo até dia 29 de janeiro.

Para que as investigações não seriam prejudicadas, a delegada da DAM requereu junto ao Poder Judiciário a prisão temporária, que foi deferida com anuência do MPE. Matheus foi preso dia 3 de fevereiro em Aquidauana.

Toda investigação foi da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) com apoio da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Nova Andradina, bem como laudos periciais do Núcleo de Perícias local.

Matheus está em cela seguro no presídio de Nova Andradina - Foto: Jornal da Nova

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