Marcos Alves Martins, de 18 anos, vulgo “Bebê”, ganhou liberdade provisória da Justiça nesta terça-feira (15), depois de ser preso em flagrante pela SIG (Seção de Investigações Gerais), ao cometer furto em um estabelecimento comercial, em Nova Andradina. Ele foi flagrado na segunda-feira (14), vendendo os objetos em um ferro velho.

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Segundo decisão da juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, ela homologou a prisão em flagrante, mas indeferiu o pedido de prisão preventiva requerido pelo delegado da SIG Guilherme Scucuglia Cezar.

“Quanto à necessidade de prisão cautelar, aplicação de medidas diversas da prisão, concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, entendo que não há necessidade de prisão preventiva, pois o crime fora supostamente cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa e, se condenado, provavelmente a pena será fixada em regime diverso do fechado, não sendo aconselhável a manutenção do indiciado em regime mais austero do que aquele que seria imposto em eventual condenação. Outrossim, o autuado é tecnicamente primário e não há indícios, por ora, de que sua soltura ameaçará a ordem pública”, frisa em sua decisão.

Marcos Alves, o “Bebê” teve a liberdade provisória sem fiança, com medidas cautelares de não se ausentar da comarca sem autorização judicial e indicar o atual endereço e telefone para contato, no prazo de cinco dias, bem como mantê-los atualizados nos autos.

Comerciantes reféns do crime

Em contato com alguns comerciantes, principalmente os que foram vítimas de arrombamentos e furtos ocorridos nos últimos meses em Nova Andradina, relataram que estão reféns dos criminosos.

“Ao fecharmos nossos comércios no final do dia, ficamos preocupados se vamos ter uma ligação da polícia, amigos ou vizinhos, de que o local foi alvo de furto. Estamos cansados desses meliantes que são beneficiados pela Justiça, entendemos que as leis do Brasil são frágeis, mas uma pessoa que tem um histórico grande de crimes, não pode ficar impune, estamos cansados de ser vítimas”, disse um dos comerciantes.

Para uma comerciante que teve grande prejuízo disse que é revoltante ver a polícia prender e a Justiça soltar. “Numa crise dessa que o Brasil passa, estamos trabalhando de dia para comer a noite, ainda vem um “larápio” desse tomar nossas coisas, além do bem material, ficamos abalados psicologicamente, isso os direitos humanos não vê, ninguém vem nos visitar para saber se estamos bem depois do crime cometido, nunca vi isso acontecer em Nova Andradina”, desabafa a empresária que prefere o anonimato.