Nesta quarta-feira (11), oito pessoas foram ouvidas no MPE (Ministério Público Estadual) em Nova Andradina, no âmbito da investigação da “Operação Cobertor Curto”, que foi deflagrada na Semcias (Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social) no último dia 25 de julho.

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Conforme apuração do Jornal da Nova, as oito pessoas são servidores ligados a pasta da ex-secratária Julliana Ortega que foi alvo da operação, bem como da ex-subsecretária Ana Kelly, ambas foram exoneradas dos cargos no dia seguinte da operação.

A “Operação Cobertor Curto” é a ponta do iceberg que a 1ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina por meio do Promotor Paulo Henrique Mendonça está apurando.

Ainda conforme a reportagem apurou, o Inquérito Civil apura supostos desvios de cobertores no âmbito da Semcias, e que, após diligências investigativas, inclusive autorizadas judicialmente, foi possível detectar indícios de desvios de bens e insumos adquiridos para atender, originariamente, a população de Nova Andradina pela Secretaria de Assistência Social.

O Ministério Público também apurou que no depósito alugado pela Prefeitura Municipal para armazenar e guardar os bens adquiridos pelo ente para atender às políticas públicas de assistência social, não possui nenhum controle de entrada e a saída dos materiais que são entregues no referido depósito, o que acaba por gerar uma situação inaceitável e injustificada de descontrole do patrimônio público, o que facilita a prática de desvios por parte de agentes públicos mal intencionados.

“Como exigência formal para os contratos administrativos, a legislação federal e municipal exige a aposição de atesto de recebimento das mercadorias e serviços entregues ao ente público, como condição para pagamento do objeto contratado, o que não vem sendo realizado no âmbito dos contratos de fornecimento de mercadorias adquiridas pela Secretaria de Assistência Social”, destaca a recomendação que foi enviada à Prefeitura.

Esse depósito, o Jornal da Nova apurou que será fechado e o prédio entregue ao proprietário nos próximos dias. Todas as mercadorias de agora em diante serão entregues no Almoxarifado Central da Prefeitura, com alto controle de entrada e saída, respeitando a recomendação do Ministério Público.

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Além dos cobertores e mercadorias, o Ministério Público apura a origem das famosas “tintas vencidas”, que também foram denunciadas na 1ª Promotoria de Justiça.

O Jornal da Nova entrou em contato com o Promotor de Justiça Paulo Henrique Mendonça, para saber mais sobre o andamento das investigações, mas por ora disse que não pode falar nada devido as apurações estarem em curso e, em segredo de Justiça.