Condenados da "Operação Fóssil", deflagrada em setembro do ano passado pela SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia em Nova Andradina, tiveram sentenças que, somadas, ultrapassaram mais de 124 anos de prisão.

A "Operação Fóssil" foi desencadeada pelos investigadores, após a prisão de dois homens, identificados por Eduardo da Silva Moura, vulgo Dudu e Lucas Alexandre Ribeiro de Melo, vulgo Sukita, com eles, foram apreendidos 18 porções de maconha, uma pedra bruta de crack, um pedaço de fragmento de tablete de maconha e outros dois pedaços de maconha, tudo acondicionado em uma sacola, além de dois rolos de plástico filme, em um lava rápido no bairro Ulisses Pinheiro.

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Naquele mesmo dia, em ação conjunta com o NRI (Núcleo Regional de Inteligência) da Polícia Civil, os policiais descobriram um imóvel no Argemiro Ortega, que homiziava 20 quilos de maconha enterradas no quintal.

Nesse dia foi preso em flagrante Antônio Carlos Mendes Alves, vulgo Tiquinho.

Um mês depois, a SIG deflagrou a “Operação Fóssil” e teve apoio do NRI e das Delegacias de Ivinhema e Batayporã. Naquela ocasião, foram presos em Nova Andradina, Wellison da Cunha Pereira, de 25 anos, vulgo Koko e Rodrigo Harte Mota dos Santos, de 32 anos, vulgo “Piolho” e na cidade de Ivinhema, Everton Rodrigues Lopes, de 20 anos, o “Binha ou Salvador”.

Também foi preso Marcos Vinícius Rodrigues Vieira, conhecido como "Mathias".

No curso do processo

Ao contrário das declarações dos réus, que negaram o tráfico de drogas, o delegado da SIG Caio Bicalho, relatou em juízo, que a propriedade das drogas apreendidas era do réu Everton Rodrigues Lopes, o qual deixava com Antônio Carlos Mendes Alves para abastecimento de traficantes locais.

Ainda declarou que obteve a informação de que o estabelecimento "Dudu Lavacar" era utilizado para a prática do tráfico de drogas, o que motivou uma equipe policial a realizar monitoramento do local, que, inclusive, chegou a avistar um usuário nas imediações. Relatou que, ao abordar o usuário, ele informou que estava indo até o lava rápido para adquirir entorpecentes e que havia adquirido em outras oportunidades. Confirmou que, após autorização judicial, sua equipe policial obteve sucesso em localizar entorpecentes no Lavacar.

Sentença

1. Antônio Carlos Mendes Alves, o "Tiquinho", foi condenado a 41 anos e seis meses de prisão, mais 3.858 dias-multa;
2. Everton Rodrigues Lopes, conhecido como "Salvador" ou "Binha", foi condenado a 44 anos, cinco meses e doze dias de reclusão e mais 4,442 dias-multa;
3. Eduardo da Silva Moura, vulgo "Dudu", foi condenado a 8 anos e dois meses de prisão, mais 700 dias-multa;
4. Lucas Alexandre Ribeiro de Melo, o "Sukita", foi condenado a 8 anos e dois meses de reclusão, mais 700 dias-multa;
5. Rodrigo Harte Mota dos Santos, o "Piolho", foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão, mais 758 dias-multa;
6. Wellison da Cunha Pereira, o "Koko", foi condenado a 9 anos e 700 dias-multa e;
7. Marcos Vinícius Rodrigues Vieira, também, conhecido como "Mathias", é réu primário e deverá cumprir pena no regime semiaberto. Ele foi condenado a 5 anos e 500 dias-multa.

A sentença foi assinada pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira da Vara Criminal de Nova Andradina.