Fernanda Ribeiro pressentia sua morte, diz testemunha em interrogatório

Vítima, de 36 anos, foi morta degolada no dia 28 de abril em Batayporã

Da Redação


“Se eu aparecer morta, você de um recado a meu pai, não fui eu quem me matei, quem me matou foi o gordo”, referindo-se a Alexandre Pessoa, pois era assim que ela [Fernanda] o chamava. Essa frase o Jornal da Nova apurou que foi de uma testemunha, de 61 anos, que foi inserida no Inquérito Policial de Alexandre França Pessoa, de 42 anos, suspeito de matar Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos.

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Em depoimento de várias pessoas e testemunhas à polícia, Fernanda Ribeiro pressentia a sua morte, até chegou a falar para amigos e familiares, que recebia ameaças constantes do namorado Alexandre Pessoa.

 

Nas oitivas também ficaram registrados os desentendimentos entre os dois e de uma relação conturbada e de ciúmes, devido a ex-mulher de Alexandre estar morando no mesmo teto com ele. Testemunhas contaram que Fernanda Ribeiro comentava que iria se casar com Alexandre Pessoa, mas tinha como empecilho a ex do advogado.

Em um dos depoimentos, Fernanda teria relatado a uma testemunha, de 48 anos, que estaria se sentindo ameaçada pela ex-mulher de Alexandre, entretanto, ela não teria registrado ocorrência policial.

 Fernanda e Alexandre - Foto: Redes sociais

Para essa mesma testemunha, a vítima ainda teria confidenciado que tinha conhecimento de multa coisa errada de Alexandre, e, por este motivo, que ela dizia a ele que, caso ele [Alexandre] a largasse, ela [Fernanda] iria divulgar e por este motivo, eles sempre brigavam.

Fernanda ainda teria dito que utilizava como chantagem para não se separar do advogado, o fato de divulgar o segredo que ela sabia de ‘Alexandre’.

Para a testemunha, de 61 anos, Fernanda teria dito que, caso morresse, desejaria uma rosa vermelha. A depoente tentou comprar uma rosa vermelha para o velório da vítima, mas não teria encontrado.

Conforme restou apurado na investigação, a vítima Fernanda Ribeiro e o suspeito possuíam um relacionamento amoroso – namoro –, o qual era muito conturbado e, no dia em que Fernanda foi morta, dia 28 de abril, teriam marcado de se encontrar, no início da noite, fato, este, comprovado tanto através dos elementos contidos no telefone celular do investigado quanto em outras imagens de câmeras de segurança do entorno da cidade e oitiva de testemunhas.

 Local onde o corpo da vítima foi encontrado - Foto: Arquivo/Luis Gustavo/Jornal da Nova

O corpo da vítima foi encontrado degolado na manhã de quinta-feira (29) de abril, na estrada cascalhada MS-276, trecho que liga Nova Andradina a Batayporã.

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